quarta-feira, 3 de abril de 2013

Superliga feminina - Final definida

A grande final da Superliga 2012/2013, será disputada em São Paulo, 07/04/2013, pelas equipes do Rio de Janeiro e Osasco.

tabfemslfinal20123

Como sempre, ficamos apontando uma equipe como favorita, mas quando se trata de uma final entre estás duas equipes, fica difícil de prever qualquer coisa.

A equipe do Rio de Janeiro foi a melhor durante toda a fase classificatória, sabe jogar quando está atrás no placar, tem na levantadora Fofão, na líbero Fabi e na central Valeskinha, o equilíbrio entre as experientes e as novas revelações, como Natália, Gabi e Juciely, fora a canadense Sarah Pavan, que adaptou-se rapidamente ao estilo Bernardinho.

Quanto ao Osasco, basta dizer que é a base da seleção brasileira adulta, tem um sistema defensivo bem composto, o que permite um bom volume de jogo, e o ataque é muito forte, com a Fê Garay, Jaqueline, Thaísa e a oposta Sheilla, e a empolgante Adenizia, uma motivadora nata.

Deve ser uma grande partida, Rio de Janeiro e Osasco chegaram na final, única e exclusivamente pelos seus méritos, mas que já está um pouco desgastada, visto que, a muito tempo, ambas se alternam na primeira colocação, mostrando que precisamos alterar algo.

Não acho que o caminho seja a desqualificação de uma ou outra equipe que, com melhor aporte financeiro, possa ter os melhores atletas, mas sim dando condições para que todas as equipes, com a entrada de novos patrocinadores, possam investir mais, para terem a oportunidade de formar equipes bem qualificadas, que os atletas e comissões técnicas, possam treinar/jogar sem a preocupação de que, após o termino do principal campeonato do país, estarão ou não empregados.

Por que os grandes clubes de futebol do Brasil, como Inter, Grêmio, São Paulo, Flamengo e tantos outros, não seguem o exemplo do Cruzeiro, investindo um pouco no vôlei ? Investimento este que não deve desqualificar time de futebol algum.

Por que cada clube, ao jogar no seu ginásio, não poderia definir por qual rede de TV, aberta ou fechada, a partida seria transmitida ? Permitiria assim, fechar contratos de publicidade específicas com os patrocinadores da equipe, o que reverteria em fonte de renda para manter toda a estrutura necessária, seguindo, é claro, um protocolo de transmissões acertadas conjuntamente entre CBV, clubes, patrocinadores e emissoras, onde todos sairiam ganhando.

Não estou aqui, de forma alguma, criticando a CBV ou a empresa que transmite as partidas, pois é com este modelo e apoio atuais, que chegamos ao alto nível, com o Brasil sempre disputando títulos, mas minha preocupação é com o voleibol, para que continue sendo um dos principais motivos de alegria dos torcedores e que continue me fascinando, como nas minhas primeiras cortadas, em quadra de cimento e ao ar livre. Amor a primeira vista, que precisa, algumas vezes, ser nutrido, para que não se perca tudo o que já se conquistou.

Nenhum comentário: